No mundo das criptomoedas, o Ethereum é o segundo maior, somente atrás do Bitcoin, em termos de valor de mercado. É famoso não só por sua criptomoeda nativa, Ether (ETH), mas também por sua plataforma de software descentralizada alimentada pela tecnologia blockchain, que permite um catálogo imenso e, cada vez maior, de aplicativos descentralizados (DApps).
Se planeja investir, trocar ou usar criptomoeda no seu futuro, é bem provável que você acabe utilizando o Ethereum de alguma maneira, por isso, vale a pena dedicar um tempinho para descobrir exatamente o que Ethereum significa, como funciona e porque perde apenas para o Bitcoin na indústria de criptomoedas.
O Ethereum fez sua estreia oficial em 2015, sete anos após o Bitcoin ter dado vida a toda a indústria de criptomoedas, mas sua primeira amostra foi em um artigo técnico de 2013, publicado pelo programador russo Vitalik Buterin (Co-fundador da Ethereum). Na época, Buterin descreveu o Ethereum como uma solução para construir aplicativos descentralizados.
Basicamente, o Ethereum é uma rede blockchain descentralizada que se ampara nas bases originalmente estabelecidas pelo Bitcoin em 2009. O que torna o Ethereum diferente do Bitcoin, e de outras blockchains focadas principalmente em pagamentos, é o fato de ser programável. Isso abre caminho para qualquer pessoa construir DApps que rodam na rede Ethereum.
Além disso, essencialmente não há limite para o que esses DApps podem fazer. Existem quase 3.000 deles hoje e, embora os DApps mais populares ainda sejam exchanges de criptomoedas, mercados NFT e plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), há um número crescente de DApps mais novos, como jogos, redes sociais e serviços de streaming de música.
Ethereum, como outras blockchains, é possibilitado por uma rede peer-to-peer. Não é pertencente nem regulado por uma única entidade, e não é executado em servidores individuais ou sistemas de nuvem controlados por uma empresa. Em vez disso, o Ethereum é executado em uma rede de nós (computadores de propriedade de voluntários), cada um contendo uma cópia dos dados da blockchain do Ethereum.
Esses nós se combinam para formar a infraestrutura de rede do Ethereum e, como existem milhares deles, a rede é muito menos vulnerável a hacks ou interrupções. De fato, desde o seu lançamento, o Ethereum nunca foi submetido a nenhum tempo de inatividade. Na blockchain Ethereum residem mais de 50 milhões de contratos inteligentes, que são essencialmente programas de computador.
Esses programas são executados automaticamente quando acionados por um usuário ou outro contrato inteligente. E, como os contratos inteligentes por sua própria natureza são visíveis na blockchain, qualquer um pode ver exatamente como eles operam. Além disso, os contratos inteligentes são permanentes. Uma vez publicados, não podem ser removidos ou alterados de forma alguma.
O Ethereum Classic é a forma original do Ethereum que foi lançada pela primeira vez em 2015, embora tenha visto algumas mudanças desde então. O Ethereum 2.0 é a versão mais recente da blockchain, anunciada em 2019, e foi projetada com diferentes objetivos em mente. Ambos têm suas próprias criptomoedas (ETC e ETH) e contratos inteligentes poderosos, mas funcionam de maneira um pouco diferente.
A maior diferença entre os dois é que o Ethereum Classic é baseado em um mecanismo de Prova-de-trabalho (PoW, do inglês proof-of-work), que depende da mineração,, assim como o Bitcoin. Já o Ethereum 2.0, usa um mecanismo de Prova de participação (PoS, do inglês proof of stake), que não depende de mineração de nenhum tipo. Isso permite que o Ethereum 2.0 seja bem mais escalável e ofereça melhor desempenho, porém, com segurança mais fraca.
É importante notar que o Ethereum 2.0 não substitui o Ethereum Classic. Eles são usados para propósitos diferentes. Um é melhor para aplicativos de baixo volume e transações de alto valor, que precisam da melhor segurança possível, enquanto o outro é melhor para aplicativos de alto volume com transações de baixo valor, que precisam do melhor desempenho possível.
Como abordamos nas seções acima, a blockchain Ethereum possui uma criptomoeda nativa e, no Ethereum 2.0, isso é chamado de Ether (ETH). O Ether é diferente de muitas outras criptomoedas, pois seu objetivo principal é servir como forma de pagamento para aqueles que compõem a rede Ethereum e alimentam seus DApps.
Ethereum não seria possível sem recursos de computação, e esses recursos não são baratos. Portanto, para incentivar os colaboradores da rede, há taxas para desenvolvedores que precisam hospedar e executar aplicativos na blockchain e para usuários que desejam aproveitá-los. Essas taxas, que são chamadas de “gás” e pagas em Ether, vão para os contribuidores da rede.
O Ether pode ser trocado por outras criptomoedas, que podem ser usadas em outro lugar, ou vendidas por moedas fiduciárias convencionais, como o dólar americano.
Em 11 de agosto de 2022, a capitalização de mercado do Ethereum, ou seja seu valor, era superior a US$ 230 bilhões, enquanto o preço de um único token Ethereum era de quase US$ 1.900. Isso é mais de três vezes o valor do Tether, a terceira maior criptomoeda, com um valor de mercado de quase US$ 67 bilhões. No entanto, o Ethereum está bem atrás do Bitcoin, que tem um valor de mercado de mais de US$ 462 bilhões.
Como qualquer criptomoeda, o Ethereum é um pouco volátil e seu valor tende a flutuar bastante. No entanto, o Ethereum é visto como uma das criptomoedas mais estáveis existentes hoje, ao lado do Bitcoin. Se é ou não um bom investimento para você depende de seus próprios objetivos de investimento.
O valor de mercado atual do Ethereum é superior a US$ 230 bilhões, enquanto o preço de um token Ether é de quase US$ 1.900.
Ethereum em si, é uma plataforma de software descentralizada alimentada pela tecnologia blockchain, que é usada por milhares de aplicativos descentralizados (DApps). Ether é a criptomoeda nativa do Ethereum 2.0 e é usada para pagar taxas de “gás” ao usar a rede.
Esta é uma taxa cobrada para desenvolvedores que desejam hospedar DApps no Ethereum ou para aqueles que usam DApps para troca de criptomoedas, finanças descentralizadas (DeFi) e muitas outras possibilidades. A taxa depende do motivo pelo qual você está usando a rede e é paga aos contribuidores que tornam a rede Ethereum possível.
Wrapped Ethereum, também conhecido como WETH, é outro token que representa o Ether, a moeda nativa do Ethereum 2.0. O ETH pode ser convertido em WETH, que pode ser trocado por outras criptomoedas baseadas no padrão ERC-20.
Esse artigo foi feito para divulgar informações gerais para ajudar a educar um segmento amplo do público; não deve servir como informações de investimento, legais, ou como qualquer outro tipo de recomendação profissional ou empresarial. Antes de tomar quaisquer ações, você deve sempre consultar seu próprio profissional legal de finanças, de imposto, de investimento ou qualquer profissional que possa dar recomendações em assuntos que afetem a você e seu negócio.
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